Água: Instrumento de Paz

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Água, uma data crucial que nos recorda a importância desse recurso vital para a sobrevivência humana e o equilíbrio dos ecossistemas. Este ano, o tema “Água para a Paz” destaca a capacidade da água de promover a paz e a cooperação entre comunidades e países.

Em Moçambique, a palavra “água” começa com “m”. Mati, massi, mazhi, matchi, mave, madzi, maze, madi, madji – todas essas variações ressoam com a raiz “m” e estão intimamente ligadas à fertilidade, à vida e à feminilidade. A água, assim como a mulher grávida, adapta-se às circunstâncias, supera obstáculos e dá à luz vida. É uma metáfora poderosa que reflete a natureza transformadora e vital da água.

No entanto, quando a água é escassa ou poluída, quando as pessoas têm acesso desigual ou nenhum acesso, as tensões podem surgir entre comunidades e países. As mudanças climáticas estão a exacerbar esses desafios, tornando ainda mais urgente a união em torno da protecção e conservação desse recurso precioso.

Em resposta a crises como a epidemia de cólera em Moçambique, trabalhando com as instituições moçambicanas, organizações internacionais, como o Central Emergency Response Fund (CERF), têm desempenhado um papel crucial, fornecendo financiamento para garantir acesso à água potável e serviços de saneamento básico para centenas de milhares de pessoas. A água contaminada representa o principal meio de transmissão da cólera, sendo assim garantir o acesso à água potável, é uma forma eficaz de travar a epidemia. A cooperação internacional, incluindo o investimento da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) no CERF, demonstra o poder da solidariedade e da cooperação global.

Além disso, iniciativas como o workshop sobre monitoramento e qualidade da água que teve lugar de 28 a 29 de Novembro 2023, organizado pelo centro de biotecnologia da Universidade “Eduardo Mondlane” (UEM) com o apoio da AICS, destacam o compromisso contínuo com a gestão sustentável dos recursos hídricos: foram ressaltados os desafios enfrentados por Moçambique, especialmente após eventos climáticos extremos como os ciclones, e a importância da cooperação internacional e do intercâmbio de conhecimentos para enfrentar esses desafios.

Em Cabo Delgado, a AICS junto com as Nações Unidas – nomeadamente com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) – têm apoiado as instituições moçambicanas a fornecer acesso à água potável e serviços básicos essenciais para crianças e famílias deslocadas em campos de acolhimento devido aos ataques violentos que continuam a ocorrer na região. Por exemplo nas localidades de Palma Sede, Quitunda e Mute, foram construídos 15 furos, e reabilitados outros 15. Foram realizadas 57 sessões de sensibilização, centradas na promoção de práticas de higiene positivas, incluindo a importância de lavar as mãos com água, como meio de prevenção de doenças. Estas sessões de sensibilização atingiram mais de 22.000 pessoas. Essas intervenções não apenas garantem o acesso à água limpa, mas também promovem a educação em higiene e saúde nas pessoas deslocadas pelo conflito em Cabo Delgado, demonstrando como a água está intrinsecamente ligada ao bem-estar humano, e ao desenvolvimento sustentável.

A AICS está activamente envolvida na construção de sistemas hídricos e na perfuração de poços nas áreas mais afectadas pela guerra civil através do DELPAZ. O DELPAZ, o programa do governo moçambicano e financiado pela União Europeia, com o suporte do Fundo Das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Capital (UNCDF), é implementado nas Províncias de Manica e Tete pela AICS, enquanto a Agência Austríaca para o Desenvolvimento (ADA) actua na Província de Sofala. Esses esforços não apenas melhoram o acesso à água potável, mas também desempenham um papel crucial na restauração da confiança e da estabilidade nas comunidades devastadas pelo conflito. O Programa DELPAZ é um exemplo tangível de como a cooperação internacional pode transformar positivamente a vida das pessoas, promovendo a paz e a reconstrução pós-conflito através do acesso a recursos fundamentais como a água.

À medida que nos aproximamos do 10º Fórum Mundial da Água em Bali, Indonésia (18 a 25 de maio), é fundamental mantermos o intercâmbio de melhores práticas e colaboração global para abordar os desafios relacionados à água. A presença da Sede Regional da AICS em Maputo no fórum ressalta o compromisso contínuo da comunidade internacional em promover a gestão sustentável da água e alcançar objectivos de desenvolvimento comuns.

Reflexões e aspirações: as vozes dos beneficiários do DELPAZ nas províncias de Tete, Sofala e Manica

Enquanto o cenário político em Maputo discute fervorosamente a possibilidade de um Plano Nacional de Reinserção, estimulando um diálogo aprofundado entre as autoridades e a sociedade civil, um caminho para uma mudança tangível já está a ser percorrido nas províncias de Manica, Tete e Sofala. Estes passos, dados com determinação, já produziram resultados que merecem ser apoiados e podem constituir um ponto de partida sólido. No entanto, a solução não reside apenas em políticas e planos de ação, mas sobretudo na experiência directa e nas vozes autênticas dos protagonistas desta transformação.

Nos dias 21 e 22 de março, realizou-se em Maputo a Conferência Internacional sobre Reintegração Pós-Conflito, promovida pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), sob o alto patrocínio do Ministério da Justiça, do Ministério dos Combatentes e do Secretariado para a Paz (PPS). Entre os participantes, oriundos das províncias de Tete, Sofala e Manica, destacaram-se as vozes vibrantes de Florinda, Rita, Mário, Graça, Anita, Isabel, Carménia e Carlota.

Para muitos deles, era a primeira vez que se deslocavam a Maputo e traziam consigo uma mensagem cheia de esperança e urgência: “Queremos paz”, declararam enfaticamente. “Queremos trabalhar a terra, somos camponeses. Queremos cultivar a nossa própria comida, mandar os nossos filhos para a escola. Queremos viver em paz e, para isso, precisamos da vossa ajuda”. As suas palavras ressoam com uma urgência palpável, uma vez que reflectem necessidades essenciais: acesso à água, infra-estruturas, estradas, mercados, hospitais e escolas.

As experiências relatadas durante a conferência foram comoventes e esclarecedoras. Anita, com os olhos ainda incrédulos, comentou a visão da abundância de água nos hotéis de Maputo, contrastando com a realidade da sua comunidade, onde a água é um bem precioso que só pode ser alcançado após longas viagens. Mário, impressionado com a grandiosidade e vibração da capital, agradeceu ao DELPAZ por ter levado o furo de água à sua comunidade e novas práticas agrícolas, juntamente com sementes e ferramentas, expressando a importância de alargar este tipo de projectos a todas as comunidades carenciadas.

Florinda partilhou um sentimento de gratidão e reconhecimento: “Nós não éramos nada, mas agora estamos aqui a falar e vocês estão a ouvir-nos. O DELPAZ tornou-nos visíveis”. Estes testemunhos são um reflexo tangível do trabalho realizado pela DELPAZ, também evidenciado pela distribuição da Declaração de Inhanzónia, um símbolo de solidariedade e inclusão promovido através da organização do acampamento solidário em novembro do ano passado no distrito de Báruè.

O papel das mulheres como actores e líderes locais foi particularmente enfatizado, tendo Carlota Inhamussua, colaboradora ativa do Programa DELPAZ na Província de Sofala, partilhado experiências significativas como o projecto da poupança e da caixa dos sonhos. Estas actividades visam não só disponibilizar recursos tangíveis, mas também estimular os sonhos e objectivos das comunidades envolvidas, reforçando a confiança e o sentimento de pertença das pessoas às suas comunidades.

O caminho para a paz e a prosperidade exige um compromisso colectivo e sustentado. Quando estas comunidades começam a dar os primeiros passos em direção à mudança, é crucial que não sejam deixadas sozinhas. Precisam de tempo, apoio e recursos para crescerem e continuarem a cultivar a paz nos seus territórios. Só através de um compromisso partilhado e de uma solidariedade duradoura é que se pode garantir um futuro de esperança e prosperidade para todas as comunidades moçambicanas.

Todos eles têm clamado para não serem deixados sozinhos, agora que estão a começar a ‘gatinhar’ e precisam de mais tempo e apoio para poderem ‘crescer’ e continuar a cultivar a paz nas suas comunidades.

Para isso contribui também o DELPAZ, em parceria com o IMD, implementado pelo AICS em Manica e Tete, e pela ADA em Sofala, com o apoio do UNCFD. Para além de água, infra-estruturas, vias de acesso, sementes e novas práticas agrícolas, estimula os sonhos das comunidades mais afectadas pela violência armada, onde os beneficiários do DDR voltaram a viver, juntamente com as suas famílias.

Como repetidamente expresso pelo Embaixador da UE em Moçambique, Antonino Maggiore, “Como parceiros de Moçambique, estamos plenamente conscientes dos desafios que enfrentamos em matéria de reintegração e reconciliação; […] A paz e a reconciliação só podem ser alcançadas através de uma democracia próspera e da prosperidade em benefício de todos os cidadãos moçambicanos.”

 

 

Dona Crisse, um telemóvel e um cabrito

Crisse Agostinho Guezane é uma mulher de 28 anos da comunidade de Missoche, no distrito de Moatize.

Ela carrega consigo não apenas o peso da maternidade de quatro filhos, mas também o desejo ardente de transformar sua realidade. A sua é uma história exemplar, um testemunho de resiliência e determinação.

Antes da intervenção do Programa DELPAZ na sua comunidade, dona Crisse limitava-se a cultivar apenas milho. O conhecimento sobre a produção de hortícolas era escasso, mas a sua vontade de aprender e progredir era inabalável.

Graças à iniciativa da Fundação SEPPA, um dos parceiros do Programa DELPAZ, dona Crisse recebeu as ferramentas e insumos necessários para expandir suas actividades agrícolas. Sementes de repolho, tomate e feijão foram fornecidas, abrindo portas para um novo capítulo na sua vida. Com a orientação e apoio do pessoal da fundação, Crisse aprendeu os segredos da produção dessas culturas.

Numa área modesta de 70×70 metros quadrados, dona Crisse começou a sua jornada como agricultora de hortícolas. Através da venda da sua produção, ela alcançou pequenas conquistas que reflectiram grandes mudanças na sua vida, e naquela dos filhos. Com o dinheiro adquirido, comprou um telefone celular e uma cabra, símbolos tangíveis do seu progresso e determinação.

Determinada a ir além, dona Crisse tem planos ambiciosos para o futuro. Ela agora quer expandir a sua área de produção para 100×100 metros quadrados, para cultivar uma variedade ainda maior de culturas, incluindo repolho, tomate, couve, cebola, milho e feijão. Além disso, aspira a ser um modelo para outros agricultores na sua comunidade, inspirando-os a perseguir os seus próprios sonhos e objectivos. E ela é que diz: “só a paz nos permite de estar bem, só a paz nos permite de garantir a comida, só é a paz que nos faz ricos!”

 

Domingas, Brígida e Cláudia, três mulheres que fazem a diferença

Domingas Joaquim Sabão, Brígida João Masitanisse e Cláudia Manuel foram as três protagonistas do Seminário de Promoção da Liderança Feminina na Prevenção de Conflitos em Gondola, no dia 12 de abril.

Elas são beneficiárias do programa DELPAZ na Província de Manica, e vieram respectivamente dos Distritos de Gôndola, Báruè e Guro, para participar no Seminário, juntas com Directoras de Serviços Provinciais e Distritais, Secretarias Permanentes, Administradoras, funcionárias publicas, empreendedoras, académicas.

O Seminário, organizado pelo Serviço Provincial da Economia e Finança da Província de Manica em parceria com UNCDF, teve lugar no dia 12 de Abril em Gondola, com o objectivo de refletir sobre a importância da liderança feminina na prevenção e resolução de conflitos, e na construção da paz, a partir das experiencias pessoais das participantes.

As protagonistas do DELPAZ também trouxeram seu testemunho, com intervenções tocantes e articuladas que, a partir da experiência do Acampamento solidário de Inhazonia, mostraram como os processos de empoderamento promovidos pelo programa podem contribuir para diminuir as discriminações baseadas no género.

“Havia violação dos direitos dos menores, em particular as raparigas quando terminavam a sétima classe não tinham como ir à escola secundária porque os pais não permitiam que estas crianças continuassem a estudar – também porque a escola ficava longe, e era considerado perigoso. E assim estas meninas depois entravam em casamentos prematuros. Mas a aprendizagem do acampamento permitiu trazer uma mudança de mentalidade na nossa comunidade, e já as meninas deixaram de casar, passaram a ir à escola secundária – contou a Brígida. Ela frisou ainda o seu papel como activistas na comunidade e que “conversamos com os pais dizendo que as meninas têm direito de continuar com a escola secundária e também têm direito, se quiserem, de ir à universidade”.

A Cláudia, por seu lado, abordou o assunto da dependência económica, que pode ser mitigada por iniciativas que promovem o empoderamento económico das mulheres: “Nós mulheres, na minha comunidade, antes ficávamos em casa a lavar e cozinhar; o dinheiro em casa era escondido: não tínhamos acesso, tínhamos de pedir a toda a hora. Os homens são muito expertos, escondem dinheiro. Mas agora eu também consigo ter meu rendimento, compro o que acho devo comprar, dou o meu apoio económico, e consigo mostrar ao meu marido que eu também, como mulher, consigo contribuir para a renda familiar”.

Elas despertaram muita curiosidade e interesse no meio das participantes que quiseram saber como é que elas conseguiram produzir esta mudança de comportamento e de pensamento nos homens. A resposta da Domingas foi bem clara: “Não foi fácil. Quando falei com meu marido que eu precisava de documentação, ele respondeu ‘por acaso você é homem que vai ir à tropa? Este dinheiro é para fazer o quê?’”.  Para ela, o factor decisivo foi, justamente, o programa DELPAZ: “Eu queria entrar no projecto como membro da minha associação, mas os projectos são rigorosos e é importante ter documentação para não correr o risco de ficar fora. Portanto voltei a falar com meu marido: ‘estou a perder a possibilidade de entrar no projecto porque não tenho documentos, porque sem documentos não sou ninguém’. E ele finalmente percebeu que, de facto, era importante eu ter todos os documentos”.

O seminário foi também uma ocasião para partilhar, com todas as participantes, uma cópia da Declaração do Acampamento de Inhazónia, a fim de continuar a espalhar as vozes das mulheres e dos homens protagonistas do DELPAZ, e para reflectir sobre una dinâmica prometedora que está sendo observada nas comunidades onde se implementa o programa – ou seja, que os homens estão expressando de forma explícita o seu interesse em ser formados sobre assuntos de igualdade de género e empoderamento. Assim, o próximo passo vai ser uma primeira formação sobre este tema a ser dada nas Rádios comunitárias com as quais o DELPAZ colabora: assim, fiquem atentos as próximas actualizações!

 

Cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção da Escola Primária de Cabango, no distrito de Moatize

No dia 19 de Abril de 2024, a comunidade de Nkhondzi, localizada no Posto Administrativo de Zobbue, distrito de Moatize, participou do lançamento da construção de infraestruturas na sua localidade: a Escola Primária de Cabango.

A cerimónia, liderada pelo Administrador do distrito de Moatize, Eugenio Pedro Muchanga, marcou o início de um projeto ambicioso que visa melhorar as condições educacionais para os 625 alunos matriculados na escola.

A cerimónia teve início com práticas tradicionais que reflectem a cultura e a satisfação da população local. O Administrador, acompanhado pelos membros do consórcio implementador, pelos líderes locais, e pelos estudantes, dirigiu-se ao local da obra, onde foi feito o lançamento simbólico da primeira pedra. O empreiteiro responsável, Suli Construções, comprometeu-se a concluir a construção das duas salas de aula, um bloco administrativo e três latrinas duplas dentro de dois meses, garantindo a qualidade dos trabalhos.

Lindas apresentações culturais, incluindo uma peça teatral e danças tradicionais, enriqueceram o evento. Discursos foram proferidos pelo Administrador, pelo representante de Save the Children em Tete, João Simbine, pelo representante da WeWorld, Vincenzo Bevivino, bem como pelos directores de SDEJT e SDPI, o Chefe do posto e da localidade.

João Simbine explicou brevemente o propósito do programa, destacando a sua importância para a consolidação da paz e o desenvolvimento local. Financiado pela União Europeia, implementado na Província de Tete pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) através de um consórcio de ONGs liderado pela Save The Children, o programa DELPAZ é parte do acordo de paz entre o governo e a Renamo, assinado em 2019. Na Província de Tete, DELPAZ está a ser implementado em três distritos – Moatize, Doa e Tsangano – por quatro parceiros, nomeadamente: WeWorld-GVC, SEPPA (Agro-negócios & Consultoria), KUBECERA e Associação Amanhecer para Protecção de Terra e Recursos Naturais) e CEPCB (Centro de Estudos de Paz, Conflito e Bem-Estar),  com o objectivo de beneficiar comunidades locais e promover o desenvolvimento sustentável.

O lançamento da construção na Escola Primária de Cabango representa um marco importante para a comunidade de Nkhondzi e para o distrito de Moatize como um todo. Essa iniciativa demonstra o compromisso das autoridades locais e dos parceiros internacionais com a melhoria da educação e o desenvolvimento da região. Espera-se que essa infraestrutura recém-inaugurada proporcione um ambiente de aprendizado mais adequado e contribua para o crescimento e o bem-estar dos alunos e da comunidade em geral.

 

A reportagem de Rádio Moçambique: https://jmp.sh/mMbiwq1L

 

Cerimonia di posa della prima pietra della scuola elementare di Cabango nel distretto di Moatize

Il 19 aprile 2024, la comunità di Nkhondzi, situata nel posto amministrativo di Zobbue, nel distretto di Moatize, ha partecipato all’avvio della costruzione di un’infrastruttura nella propria località: la scuola primaria di Cabango.

La cerimonia, guidata dall’amministratore del distretto di Moatize, Eugenio Pedro Muchanga, ha segnato l’inizio di un ambizioso progetto volto a migliorare le condizioni educative dei 625 alunni iscritti alla scuola.

L’evento è iniziato con cerimonie  tradizionali che riflettono la cultura e la soddisfazione della popolazione locale. L’Amministratore, accompagnato dai membri del consorzio, dalle autorità tradizionali locali, e dagli studenti, si è recato al cantiere, dove ha avuto luogo la posa simbolica della prima pietra. L’appaltatore incaricato, Suli Construções, si è impegnato a completare la costruzione delle due aule, del blocco amministrativo e delle tre latrine doppie entro due mesi, garantendo la qualità del lavoro.

Bellissimi spettacoli culturali, tra cui una rappresentazione teatrale e danze tradizionali, hanno arricchito l’evento. I discorsi sono stati tenuti dall’Amministratore, dal responsabile del programma DELPAZ Tete, João Simbine, dal rappresentante di WeWorld, Vincenzo Bevivino, nonché dai direttori di SDEJT e SDPI, e dagli amministratori della località.

João Simbine ha spiegato brevemente lo scopo del programma DELPAZ, sottolineandone l’importanza per la costruzione della pace e lo sviluppo locale. Finanziato dall’Unione Europea e attuato nella provincia di Tete dall’Agenzia Italiana per la Cooperazione allo Sviluppo (AICS) attraverso un consorzio di ONG guidato da Save The Children, il programma DELPAZ fa parte dell’accordo di pace tra il governo e la Renamo, firmato nel 2019. Nella provincia di Tete, DELPAZ viene attuato in tre distretti – Moatize, Doa e Tsangano – da quattro partner: WeWorld-GVC, SEPPA (Agribusiness & Consultancy), KUBECERA e Associação Amanhecer para Protecção de Terra e Recursos Naturais) e CEPCB (Centro per gli studi sulla pace, i conflitti e il benessere), con l’obiettivo di beneficiare le comunità locali e promuovere lo sviluppo sostenibile.

L’avvio della costruzione della scuola primaria di Cabango rappresenta un’importante pietra miliare per la comunità di Nkhondzi e per l’intero distretto di Moatize. Questa iniziativa dimostra l’impegno delle autorità locali e dei partner internazionali per migliorare l’istruzione e lo sviluppo della regione. Si spera che questa nuova infrastruttura fornisca un ambiente di apprendimento più adeguato e contribuisca alla crescita e al benessere degli studenti e della comunità in generale.

Il servizio di Rádio Moçambique: https://jmp.sh/mMbiwq1L

 

Lurdes, a ex-guerrilheira que alimentava uma companhia, hoje produz para educar os filhos

Lurdes António, 68 anos, não teve acesso a educação formal na infância, como a maioria das mulheres daquela época nas zonas rurais de Moçambique. Foi recrutada para a base (de Minga), da guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em 1982, aos 26 anos. Teve treino militar em Mandie, no distrito de Guro, na província de Manica.

No auge da guerra civil, passou por cinco bases militares da guerrilha, e produzia comida nos campos agrícolas de civis e dos militares e cozinhava para a companhia, onde conheceu depois o seu marido, também ex-guerrilheiro.

“Minha tarefa era carregar bagagens dos militares e cozinhar para eles nas suas missões. Se nos dissessem vamos a um lugar, apenas carregávamos bagagens e seguíamos, e terminado o programa – quer seja de reconhecimento ou ataque – regressávamos. Daí mandavam-nos para nossas casas e seriamos chamados quando houvesse um novo programa”, conta.

A seca e a fome severa atingiram Moçambique no final dos anos 80, e um “sofrimento terrível” abalou a sua companhia, quando decidiu com o marido abandonar a guerra e seguir viagem para se instalar em Nhamadjiua, no posto administrativo de Nhampassa, no distrito de Barué, província de Manica, onde foram depois desmobilizados com o fim da guerra em 1992.

“Em 2012 voltamos a responder ‘o chamado da revolução’, convocado pelo líder histórico Afonso Dhlakama”, que já vinha a denunciar falhas graves na implementação do Acordo Geral de Paz (AGP) de Roma.

Lurdes António voltou a ser desmobilizada junto com o marido em 2021, no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos ex-guerrilheiros da Renamo em Barué.

Desde então passou a se dedicar a agricultura e aprendeu novas técnicas agrícolas introduzidas com o Programa DELPAZ, que está a assegurar a reintegração económica e social de todos os ex-combatentes, suas famílias e comunidades rurais atingidas pelo conflito para alcançar uma paz duradoura em Moçambique.

“O DELPAZ veio e está a nos ensinar. Fazíamos cultivos de forma rudimentar, com sementes tradicionais e tínhamos muitas perdas, mas agora estamos a usar técnicas agrícolas melhoradas, usamos linhas para as covas na sementeira, e já temos rendimentos para educar os nossos filhos”, explica avivada com as novas conquistas.

 

Comité provincial quer extensão do DELPAZ para assegurar sustentabilidade dos projectos em Manica

O comité provincial de coordenação do DELPAZ, em Manica, recomendou a extensão do programa por um ano, até 2025, para assegurar que todos os investimentos já realizados, em pessoal e infraestruturas sociais, se tornem sustentáveis e continuem a beneficiar as comunidades no fim da sua implementação.

O órgão de coordenação, reunido de forma híbrida (presencial e remota) no 5o comité provincial de Manica, a 29 de Maio, na sede distrital de Macossa, cujo debate foi dominado pela extensão do programa, aplaudiu os ganhos e o impacto social até agora conseguidos com a implementação do DELPAZ nos cinco distritos e sugeriu a aceleração da execução dos planos para recuperar o atraso.

Os membros do comité defendem que as comunidades precisam de mais tempo para se apropriar dos investimentos em curso, que estão a melhorar suas rendas e condições de vida, através de meios de subsistência, além de estar a impactar diretamente com as atividades agrícolas e infraestruturas públicas, como fontes de água, mercados, armazéns e outros.

“Tudo está a acontecer no fim, e para termos todos os ganhos que pretendíamos com o DELPAZ era importante replanificar”, para garantir que haja uma estratégia de saída e sustentabilidade, e que deve ser integrado nos planos dos distritos, vincou Adelaide Charles, Secretaria Permanente do distrito anfitrião.

“Estamos no caminho meio andado. Agora as coisas estão a animar porque estão a ser feitas, e precisamos garantir a sustentabilidade, porque a experiência que temos é que muitos projectos descontinuaram com a sua saída, e de nada vai servir se queremos contribuir na consolidação da paz”, reforçou Ernesto Lopes, director provincial de Agricultura e Pescas de Manica.

A Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), que implementa o DELPAZ em Manica e Tete, em parceria com um consórcio de organizações da sociedade civil liderado pela ONG italiana Helpcode, observou que a extensão do programa está em mesa e continua em aberto, tendo já sido abordada na reunião do Comité Nacional, decorrido a 24 de Maio em Maputo.

Em todos os 5 distritos da província de Manica, o DELPAZ está a implementar projectos nas áreas de agricultura, infraestruturas e empreendedorismo, para assegurar a reintegração económica e social de todos os ex-combatentes, suas famílias e comunidades rurais atingidas pelo conflito para alcançar uma paz duradoura em Moçambique.

Entretanto, o comité provincial de coordenação de Manica, avaliou de forma positiva o progresso das actividades do DELPAZ entre Novembro de 2023 e Abril de 2024, destacando a construção, reabilitação, extensão e apetrechamento de infraestruturas publicas, além de capacitação de 64 técnicos dos serviços públicos e 77 membros das comunidades para melhorar a governação local e meios de subsistência das comunidades.

Acesso à água

No período em alusão, a AICS anota que foram construídas seis infraestruturas hidráulicas, foram reabilitadas oito infraestruturas hidráulicas e foi convertido um sistema de bombeamento manual para solar, beneficiando mais de 19.000 pessoas, incluindo ex-guerrilheiros no âmbito do DDR. Do total dos beneficiários, 60% são mulheres.

No distrito de Barué foram construídas duas fontes de abastecimento de água que impactam directamente mais de 3.800 pessoas de duas comunidades, onde igualmente vivem 12 ex-guerrilheiros no âmbito do DDR.

Em Gondola, foram construídas duas fontes de abastecimento de água, que beneficiam mais de 1.200 pessoas de duas comunidades, onde esta enquadrado um antigo guerrilheiro.

Já em Macossa, foram reabilitadas oito fontes de abastecimento de água que tem impacto direto na vida de mais de 11.600 pessoas, incluindo 8 desmobilizados de guerra, enquanto que em Guro, foi construída uma fonte de abastecimento de água, que beneficia mais de 600 pessoas da comunidade.

No distrito de Tambara, foi construída uma fonte de abastecimento e convertido um sistema de bombeamento manual para bombeamento fotovoltaico beneficiando 2.700 membros de duas comunidades e cinco membros do DDR.

Outrossim, de um total de 13 comunidades dos cinco distritos que devem se beneficiar de furos multiuso, alimentados a energia solar, foram realizadas pesquisas geofísicas em Macossa, enquanto já foram executadas duas perfurações com sucesso em duas comunidades de Gondola, um furo positivo e um negativo em Barué, dois furos em Guro, e concluídas as perfurações nas três comunidades de Tambara.

Agricultura

Na área agrícola, prosseguiu a AICS, houve aumento da adoção de tecnologias e práticas agrícolas inteligentes para o incremento da produção e produtividade, com a assistência das instituições locais para serem “incubadoras verdes”, tendo sido beneficiadas 51 associações agrícolas.

Igualmente foram instalados 47 campos de demonstração, para milho, mapira, feijão, nhemba e amendoim, tendo sido entregues sementes certificadas. Também foram entregues sementes certificadas de hortaliças e feijão vulgar e distribuição de materiais de produção. Igualmente foram instalados 18 de multiplicação.

Foram igualmente implantados cinco pontos verdes, sendo um por cada distrito, onde alem de infraestruturas de rega e incubadoras (sombrite), é dada a assistência técnica regular na produção e comercialização.

Ainda na componente agrícola, foram construídos corredores de tratamento para animais, reabilitação de um tanque carracicida em Guro e Macossa, e reabilitação de um mercado e armazém distrital de Macossa para viabilizar a produção agrícola.

Foi montado um sistema de rega em Guro, e instalado um sistema de irrigação gota a gota e de um sistema de irrigação por gravidade em Tambara.

Formação

Foram realizados treinamento de associativismo e liderança. No âmbito da melhoria da prestação de serviço de atores públicos, privados e da sociedade civil, foram formados 64 técnicos dos serviços públicos dos 5 distritos sobre direitos humanos, cidadania, literacia financeira, governação participativa e proteção de abuso sexual.

Igualmente foram formadas 77 pessoas em direitos humanos, igualdade de género, liderança, mudanças climáticas, empoderamento económico e gestão de negocio e poupança, no âmbito da criação de capacidade local.

Foram criados também 7 grupos de poupanças nas associações de produtores para suportar o empoderamento das mulheres e a inclusão social ao nível distrital e comunitário.

Foram também concluídos 2 ciclos de formação, que abrangeu 131 jovens pequenos agricultores dos distritos de Barué e Guro (20% deles são familiares de ex-guerrilheiros no âmbito do DDR) nas áreas de técnicas de produção agrícola, animal e de conservação de produtos agrícolas, em parceria com o Instituto Agrário de Chimoio (IAC), a instituição mais antiga do ramo em Moçambique e em África.

 

 

 

 

Histórias de Moçambique sobre o desmantelamento do discurso de ódio

Dia Internacional da Educação

As guerras e as feridas infligidas pela violência armada deixaram uma marca indelével nas comunidades de Moçambique. Neste contexto difícil, Hélder e Ana, dois meninos da província de Tete, representam a força e a esperança de quem sonha com um futuro melhor. A sua história, simbolizada por um lápis, uma folha de papel e um banco de madeira, reflecte a sua determinação em ultrapassar as adversidades e construir um percurso educativo apesar dos desafios.

Fugir para o Malawi era a única opção para muitas famílias da zona, obrigadas a abandonar as suas casas devido à guerra. As escolas da zona foram encerradas, privando as crianças do seu direito à educação. “Quando assinaram o acordo de paz, pudemos finalmente regressar a casa e à escola“, disseram-nos, com um sorriso.

A assinatura do Acordo de Paz em 2019 marcou um momento crucial, permitindo que Helder e Ana regressassem a casa e à escola e retomassem a sua educação. Este acontecimento sublinha a importância crucial da resolução dos conflitos armados para garantir o direito à educação para todos, especialmente para as crianças, cujo futuro é frequentemente ameaçado pela violência.

As histórias de renascimento não são apenas individuais, mas reflectem o tecido social mais vasto. O testemunho de Rita Saimon, uma mãe do distrito de Bárué, na província de Manica, fala da esperança no futuro que a educação dos seus filhos pode trazer. “Hoje podemos cultivar sem medo, podemos dar de comer aos nossos filhos antes de eles irem para a escola todas as manhãs“, disse-nos a Sra. Rita.

A paz tornou possível cultivar sem medo, assegurando o sustento adequado antes de as crianças irem para a escola todas as manhãs. “Isto inspira-me confiança de que o futuro deles será diferente do meu, e que cuidarão de mim na minha velhice se estudarem e encontrarem um bom emprego”, comentou a Sra. Rita, que não conhece a palavra ódio nem a palavra vingança. “Tudo isto é possível porque há paz e trabalhamos como uma comunidade e é isto que ensinamos aos nossos filhos”.

Desde a assinatura do Acordo de Paz de Maputo, em 6 de agosto de 2019, para a construção da paz e reconciliação nacional, também se registaram progressos através do programa DELPAZ – financiado pela União Europeia, implementado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) nas províncias de Manica e Tete; pela Agência Austríaca de Cooperação (ADA) na província de Sofala, com a participação do UNCDF – para reforçar a construção da paz.

O programa está empenhado em apoiar as comunidades locais na construção de sociedades pacíficas e sustentáveis, permitindo-lhes desenvolver as suas próprias capacidades de resolução de problemas de uma forma calma e reflectida. Para tal, é necessário dotar as comunidades de conhecimentos adequados e, acima de tudo, garantir que as crianças cresçam em ambientes seguros e recebam uma educação adequada.

Com o estabelecimento da paz, os direitos humanos podem ser exercidos de forma mais efectiva, incluindo o direito à educação.

Neste dia dedicado à educação e à luta contra o discurso de ódio, o testemunho do Helder, da Ana e da Rita recorda-nos que a educação é uma força transformadora, capaz de iluminar o caminho para um futuro melhor, livre de ódio e de conflitos, e é um apelo à construção de um futuro baseado na compreensão, na tolerância e na consciência da diversidade. Só através da educação podemos ter esperança de quebrar o ciclo da pobreza e ajudar a construir uma sociedade pacífica e próspera.

 

Pontos verdes (CDR) – Engajando pequenos Produtores como o Paulo Lequissio a aumentar sua renda por meio de Agricultura inteligente e estimulando a consciência na Inclusão

Paulo Lequissio, 60 anos, é residente na Comunidade de Mwanalirenji, posto Administrativo de Zobué, distrito de Moatize é casado com Sitifonia Mapios, mãe de 6 filhos. O senhor Paulo é beneficiário do Programa DELPAZ desde 2023.

“A primeira vez que ouvi falar do DELPAZ foi quando fomos convocados pelo nosso líder a participar de uma seleção de baixo das nossas mangueiras onde estavam alguns homens que nos falaram da agricultura de conservação e sobre Paz e reconciliação”, conta o senhor Paulo. “Fiquei muito interessado porque eles falavam de uma comunidade inclusiva e logo aceitei participar para aprender coisas que para mim eram novas”.

“Fomos informados que é possível produzir e obter bons rendimentos sem gastar muito dinheiro comprado medicamentos, adubos e sem gastar nosso milho para dar as mães de sachas como pagamento pelo trabalho”, continua o senhor Paulo, acrescentando que achou os argumentos tão convincentes que assim decidiu adoptar a título experimental as práticas de agricultura de conservação, poupanças e participar nos debates sobre a ’Paz, Reconciliação e inclusão’ “com nossos irmãos na comunidade vulgos DDR”. Foi assim que preparou uma área pequena de 1350m2 (30m x 45m) para produzir tomate e 800m2 (20mx40m) para produzir Feijão Vulgar.

O Sr. Paulo foi um dos beneficiários desta iniciativa. Recebeu catana, enxada, regado, semente de tomate e feijão vulgar com assistência técnica completa para implementação de agricultura de conservação.

Ainda em conversa, o senhor Paulo contou-nos que o rendimento que obteve na primeira experiência da prática de agricultura de conservação – usando a cobertura morta (mulching) e o biopesticida conhecido localmente por Manguala de folhas amargas (pesticidas biológicas) e o uso de Manhoa (esterco animal) nas suas parcelas, foi tão satisfatório que decidiu aumentar a área de cultivo usando as mesmas técnicas de Agricultura de conservação pelo menos para meio hectare. “Faz tempo que venho produzido tomate e feijão, porém na pequena área que preparei 1350m2 (0,135 hectare), usando 10g de tomate na variedade Rio Grande e a 1kg de feijão vulgar na variedade Catarina, distribuídos no âmbito de DELPAZ consegui 35 cestos de 30kg de tomate e 4 latas de feijão”.

No momento da colheita e venda de tomate e feijão o preço do mercado já estava muito baixo, contudo conseguiu ter um lucro de 7000 MT com a venda dos 30 cestos e duas latas de feijão. Com o lucro obtido a partir da venda desta produção foi possível comprar 30 galinhas, material escolar para os filhos, roupas, alimentação para casa e alugar carrinha de mão para puxar o esterco bovino para a machamba.

Segundo ele, antes do seu engajamento com DELPAZ não usava a agricultura de conservação porque nunca imaginou que fosse possível produzir sem que haja custos com pesticidas, adubos inorgânicos e também por desconhecimento das suas vantagens. No lugar da semente melhorada ele usava o grão selecionado da campanha anterior para a cultura de feijão, e usava uma taxa de sementeira muito alta o que infelizmente dava rendimentos muito baixo. Mas com os treinamentos sistemáticos promovido pelo DELPAZ nas comunidades sobre as práticas da agricultura inteligente produção sustentável, uso de compactos e densidade adequada, associado aos bons rendimentos obtidos, foi entendendo a necessidade do uso de factores de produção locais, como o uso das plantas locais para produção de pesticidas, esterco animal local para adubação e uso de mulching.

Na comunidade, ele considera-se um testemunho vivo do impacto da intervenção do DELPAZ: “Hoje, por experiência própria, sou testemunha do que a prática da agricultura de conservação usando Mulching, taxa de sementeira ideal, adubação orgânica e pesticidas orgânicas podem fazer em termos de sustentabilidade e rentabilidade’’.

O senhor Paulo, satisfeito com os resultados obtidos anteriormente, pretende aumentar a sua área de produção para um hectare (1 ha) em agricultura de conservação para produção de hortícolas e reza para que a chuva se faça sentir para ter bons resultados tendo em conta que ele não tem uma motobomba. Com o aumento dos seus rendimentos ele pretende iniciar uma poupança com a parte dos lucros de modo a conseguir concretizar futuramente o sonho de comprar uma camioneta para escoar os seus produtos pessoalmente sem ter de perder muita produção por falta de meio de transporte para escoar a sua produção.

O senhor Paulo está deveras satisfeito e deseja que o DELPAZ continuará apoiando a sua comunidade e agradece especialmente os técnicos que dia a dia estão com eles, no terreno.